Um dos programas militares menos conhecidos da América Latina, o míssil balístico Condor foi concebido por uma parceria inusitada entre Argentina, Iraque e Egito. Projetado durante a década de 80 como um missíl superfície-superfície de médio alcance, o Condor I nada mais era que um desenvolvimento do míssil russo SCUD. Já a versão melhorada, Condor II (designação egípcia/iraquiana Badr-2000), teve o seu desenvolvimento iniciado durante o ano de 1984, e trouxe consigo rumores do governo inglês de que a Argentina estivesse desenvolvendo um programa nuclear, visando a conquista das Ilhas Malvinas(Falklands).

Por outro lado , funcionários do departamento de pesquisas espaciais argentino sempre defenderam o projeto como um meio de colocar satélites em órbita, sem pretensões militares. Israel também mostrou preocupação com o programa, já que Egito e Iraque estavam inseridos na sua lista de inimigos no Oriente Médio.
O programa Condor II teve o seu cancelamento anunciado em 1991, mas deixando muitas dúvidas sobre o seu desenvolvimento. Fontes ligadas à imprensa argentina citam lançamentos de mísseis Condors em março de 1989 na região da Patagônia. Outros contatos ligados ao governo militar argentino na época, dizem que os Dassault Mirage IIICJ adquiridos em Israel pela Argentina logo após o fim da Guerra das Malvinas, foi uma forma de pagamento do governo israelense pelo alijamento do Egito do projeto. O Iraque deixou o programa em 1988, alegando atraso no ínicio dos testes operacionais e suspeitas de desvio de verbas de empresas contratadas, responsáveis pelo software de missão do CondorII.

Ficha Técnica (Condor II).
PESO: 4800 KG
Comprimento: 10,30 m
Diametro: 80 cm
Alcance: 500-800 km
Carga de Combate: 400kg
Combustível: Sólido/Líquido(Argentino)
Sólido(Iraquiano/Egípcio)
Guiagem: Inercial
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